quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Projeto Interdisciplinar- Promoção da Saúde de Qualidade de vida

Tema Gerador: Sustentabilidade



















Qual o papel social da escola na melhoria das condições e qualidade de vida?


A escola tem um papel fundamental em relação à melhoria da qualidade de vida dos indivíduos. As instituições educacionais devem ter o compromisso de promover ações educativas e preventivas visando à construção de novos conhecimentos, de hábitos saudáveis e de valores humanitários.
Na concepção de uma escola que favorece a formação de cidadãos ativos e críticos, é parte de seu objetivo colaborar com a melhoria da qualidade de vida da sociedade. A preservação de um ambiente saudável pautado em posturas éticas faz com que os alunos se sintam valorizados e motivados, e assim pensem positivamente no amanhã. Mas este é um trabalho que deve envolver, além dos professores e equipe pedagógica de cada instituição, a construção de políticas públicas contínuas e eficazes. Pois para que educação possa se realizar de forma plena e transformar as mentalidades é necessário a participação e o empenho de todos.
Nesta visão a função social da escola no mundo contemporâneo está muito além da transmissão dos conhecimentos historicamente construídos. Os desafios enfrentados pelos sujeitos da atualidade refletem-se diretamente no âmbito educacional, que têm como missão contribuir para a formação plena e integral de todos e de cada um.
A sustentabilidade social no seu sentido mais amplo liga-se diretamente a necessidade da criação de valores e atitudes positivas que guiem as relações do homem (com o meio ambiente, com os outros homens e com ele mesmo), visando à construção de um mundo melhor para todos os seres.
Neste sentido a educação ambiental apresenta-se como um processo educativo que estimula a participação coletiva na construção de uma melhor qualidade de vida. Podendo ser considerado um agente dos processos de transformação social e promover novos conhecimentos relacionados aos problemas ambientais e humanos, vinculando-se a uma visão global e sistêmica do mundo ao redor.

Escola 1: Escola Municipal José de Anchieta- Rio de Janeiro



A Escola Municipal José de Anchieta situa-se nas cercanias do lixão da cidade, em uma localidade de baixa renda, na região do Morro do Céu, bairro do Caramujo, em Niterói, Estado do Rio de Janeiro. Situada ao lado do lixão da cidade, a escola tem vários alunos e familiares trabalham ou que já tenham trabalhado no local, separando materiais para vender ou até mesmo comida para própria alimentação. O bairro apresenta deficiência de infra-estrutura básica, como saneamento, e a sua população é constituída em sua maioria, de baixo poder aquisitivo. Na implantação do vazadouro de lixo não houve nenhum estudo prévio ou instalação de infra-estrutura adequada para a disposição de mais de 500 toneladas de lixo diárias. Antigas funcionárias testemunharam as modificações no bairro, assim como ex-alunos, muitos dos quais, agora mantém seus filhos na escola.
Por conta dessas características, a questão ambiental sempre foi uma preocupação constante na escola, e os professores trabalham com projetos que vão além das salas de aula.
Projetos:
- Maquete da Região. Com o apoio do professor de Geografia, no intuito de fazê-los conhecer melhor o local onde vivem, sua geografia, suas mudanças e problemas ambientais, um grupo de alunos está construindo uma maquete da região do Morro do Céu, utilizando material reutilizado. Esta ficará como acervo da escola e poderá ser utilizada por qualquer professor ou professora que a queira utilizar em sala de aula.
- História da Escola. Coordenados pelo professor de História, um grupo de alunos está pesquisando e escrevendo a História da escola, na intenção de fazê-los conhecer a trajetória do local onde estudam. Esta será resgatada através de entrevistas com antigas funcionárias, professoras, diretoras, além de ex-alunos. De resultado final teremos um pequeno livro produzido no computador, que será divulgado para o maior número de pessoas possível.
- Oficina Arte com Lixo. Voltada para o aproveitamento de materiais reutilizáveis, de forma a estimular a sensibilidade dos alunos, com produção de peças de arte e utilitárias. Procuraremos ter o apoio da professora de Artes para que este trabalho entre em sala de aula, indo além da oficina e dos alunos que dela participam. Faremos também toda a cenografia da oficina de teatro.
- Oficina de Teatro. Dentro da temática do Teatro do Oprimido (idealizada pelo diretor Augusto Boal), um grupo de alunos está escrevendo e ensaiando uma peça com estréia prevista para junho. Esta peça tem como tema a escola e alguns problemas vividos por eles, tais como a sujeira e a depredação do espaço escolar, o conflito entre alunos, entre outros.
- Projeto Flora Local. Alunos irão coletar amostras de árvores e plantas da região para a confecção de uma coleção (herbário), que irá ser identificada junto ao Jardim Botânico da cidade e servirá para fazermos um levantamento da flora local, identificando espécies nativas e exóticas.
- Coleta Seletiva. Galões de lixo coloridos foram doados pela Companhia de Limpeza Urbana de Niterói (Clin). Outros, menores, estão sendo produzidos por alunos para serem colocados nas salas. Os funcionários de limpeza receberam informações de como proceder, e um grupo de alunos ficará responsável pela promoção e divulgação do trabalho, de sala em sala, aos outros colegas.
- Caminhantes. Grupo de alunos que faz caminhadas ecológicas regulares, acompanhados por um guia e professores de diversas áreas que queiram participar. Com isso os levamos a conhecer lugares que, provavelmente, não o fariam em outras circunstâncias. Fizemos duas no final de 2001, quando iniciamos, e estamos agora em conversações com uma empresa de ônibus para o empréstimo de um veículo para continuarmos o trabalho, contando este ano, com o apoio da professora de Educação Física.
- Jardim Interno. Há um espaço aberto, dentro da escola, no qual um grupo de crianças está transformando em um jardim, com um viveiro de mudas, plantas ornamentais, medicinais, uma pequena horta, compostagem e minhocário. Aos poucos estamos conquistando o apoio das pessoas, ao ponto de alguns funcionários trazerem de casa mudas de plantas para o local. As crianças responsáveis pelo jardim também entram em sala para divulgar o trabalho, pedir contribuições (vasos, sementes, terra) e solicitar ajuda a mantê-lo limpo.
- Concurso de Poesias. Em conjunto com as professoras da Sala de Leitura e com tema sobre meio ambiente, natureza e afins, promovemos, no final de 2001, um concurso de poesias que envolveu toda a escola, com diversas inscritos e solenidade de premiação. O sucesso entre as crianças foi tanto que muitas delas (que tenham ou não participado) vieram pedir para que se repetisse este ano, o que acontecerá no segundo semestre, tornando-se talvez, permanente, ganhando novas roupagens, com temas correlatos e apoio das professoras de português com trabalhos em sala de aula.
- Jornal “Fala Zé”. Com a participação das professoras de português, lançamos um jornal com notícias sobre meio ambiente e a escola, com matérias feitas por alunos e professores. Por problemas para reproduzi-lo, a produção não pôde ser tão regular quanto queríamos, mas este ano estaremos lançando o quinto número.

Fonte: http://diariodoprofessor.com/2007/10/29/uma-experiencia-de-educacao-ambiental-na-escola/



Escola 2: na Escola Estadual Paulino Nunes Esposo- São Paulo


O CPMO desenvolve o Projeto “Horta na Escola - Educando para a Sustentabilidade na Bacia do Guarapiranga”, na Escola Estadual Paulino Nunes Esposo, no bairro de Parelheiros, extremo-sul de São Paulo, SP. Desde 2006, este projeto, em parceria com a Subprefeitura de Parelheiros, contempla a introdução de produtos sem agrotóxicos advindos da Agricultura Natural na merenda escolar, a importância do uso adequado do solo e a preservação e valorização do meio ambiente no trabalho com os alunos.

O projeto ampliou-se e evoluiu. Alimentação mais saudável e nutritiva para as crianças, introdução de novos hábitos alimentares, melhoria da qualidade de vida e do processo de aprendizagem, educação ambiental, reutilização de materiais, resgate histórico da região e reconhecimento do potencial local, trabalho coletivo e valorização pessoal foram alguns dos benefícios deste projeto.


Cerca de 1000 alunos de 5ª. a 8ª série acompanham o processo da produção à colheita, aprendendo sobre preparo do terreno, plantio de hortaliças, condimentos e plantas medicinais e participando da preparação da merenda junto com as merendeiras. A horta possibilita explorar a multiplicidade das formas de aprender. Disciplinas, como Ciências, Matemática e Português, tornaram-se grandes aliadas dos alunos sendo que em dias determinados as aulas dessas disciplinas são realizadas na horta. Sem contar que com uma alimentação mais saudável, houve uma melhoria na capacidade de aprendizagem. O projeto agrega pomar, viveiro, estudo de sistema de captação de águas pluviais para irrigação e produção de horta em casa de pais de alunos e facilita a Inclusão social pela capacitação nas atividades desenvolvidas no projeto.

Pelos seus benefícios gerados, abrangência e importância, foi um dos dez projetos de sustentabilidade sócio-ambiental que venceu a primeira edição do Prêmio "Minha Comunidade Sustentável" , em outubro de 2008, promovido pela revista Carta na Escola e pela ONG Ação Educativa, de São Paulo.
Projeto Horta Multidisciplinar Pedagógica do CPMO vai além da merenda saudável com produtos sem agrotóxicos.

O Centro de Pesquisa Mokiti Okada – CPMO em parceria com a Subprefeitura de Parelheiros desenvolve desde 2006, o Projeto Horta na Escola, em Parelheiros, extremo sul da cidade de São Paulo, na Escola Estadual Paulino Nunes Esposo, para a introdução de produtos sem agrotóxicos advindos da Agricultura Natural na merenda escolar. Além disso, o projeto também contemplou a importância do uso adequado do solo e a valorização do meio ambiente no trabalho com os alunos.
O projeto ampliou-se e evoluiu. “Alimentação mais saudável e nutritiva para as crianças, introdução de novos hábitos alimentares, melhoria da qualidade de vida e do processo de aprendizagem, educação ambiental, reutilização de materiais, resgate histórico da região e reconhecimento do potencial local, trabalho coletivo e valorização pessoal foram alguns dos benefícios deste projeto”, atesta Rinaldo Aparecido Meroni, diretor da Escola.
Segundo o diretor da Escola, foi criada uma metodologia de trabalho com embasamento pedagógico. “A horta possibilita explorar a multiplicidade das formas de aprender”, diz Meroni. As disciplinas, como Ciências, Matemática e Português, tornaram-se grandes aliadas dos alunos sendo que em dias determinados as aulas dessas disciplinas são realizadas na horta.
De acordo com Meroni, desde a implantação do projeto, percebeu-se uma maior conscientização da importância do cultivo de alimentos mais saudáveis e melhoria significativa no comportamento dos alunos. "Quando a criança participa do plantio e da colheita, ela compreende melhor a importância do alimento. Tivemos a adesão de muitos pais de alunos no projeto e o comportamento dos alunos indisciplinados mudou completamente, sendo os que mais trabalharam na horta.” Sem contar que com uma alimentação mais saudável, houve uma melhoria na capacidade de aprendizagem.
Para Fernando Augusto de Souza, coordenador geral do Centro de Pesquisa Mokiti Okada – CPMO, o grande diferencial deste projeto está no envolvimento de professores de todas as áreas, alunos, merendeiras, agricultores, funcionários, profissionais de setores específicos, como artesões, agrônomos, agentes de turismo e nutricionistas. Hoje, o projeto agrega pomar, viveiro, estudo de sistema de captação de águas pluviais para irrigação e produção de horta em casa de pais de alunos e facilita a Inclusão social pela capacitação nas atividades desenvolvidas no projeto.
O Projeto Horta na Escola foi detalhado por Fernando Augusto de Souza, coordenador geral do CPMO, durante o painel Orgânicos & Merenda Escolar, em outubro, na Biofach Exposustentat-2008.


Fonte:
http://www.cpmo.org.br/pedagogia_sustentabilidade.php
http://www.cpmo.org.br/noticias/013.php



Refletindo e aprendendo com os projetos


A aplicação da educação ambiental na busca de uma prática reflexiva, renovadora e transformadora da realidade dentro e fora da escola, traça um paralelo com o trabalho dos professores. Buscam-se novos caminhos nos processos de ensino/aprendizagem, procurando a adaptação aos atuais rumos da sociedade e uma participação mais ativa dos alunos no fazer educacional. Objetiva-se assim uma nova concepção sobre o papel da escola, priorizando sua função social e o significado de suas ações para os alunos.
As práticas pedagógicas no que diz respeito à educação ambiental se caracterizam principalmente, na participação. A participação é um aprendizado, cabendo à educação ambiental resgatar valores humanos como a ética, respeito pela vida, honestidade, responsabilidade, solidariedade e criatividade. Estimulando assim, participações comprometidas e proativas nas questões relacionadas à melhoria da qualidade de vida humana e a valorização meio natural, social e cultural.
As atividades de educação ambiental devem possibilitar aos educandos oportunidades para desenvolver a sensibilidade para a problemática ambiental e social, propiciando a reflexão e a busca de soluções. Essas atividades de sensibilização devem ser um caminho para tornar as pessoas mais conscientes e cuidadosas. Sensibilizar é cativar os participantes para que suas mentes se tornem receptivas aos conhecimentos e questões abordadas, tornando-os mais motivados a participarem da reconstrução social desejada.
Acredita-se que os projetos apresentados revelam práticas educativas que contribuem ativa e positivamente para a vida das pessoas. São utilizadas metodologias participativas visando à construção de aprendizagens significativas. Reflexão, conscientização e criação de atitudes que conduzem a evolução de cada um e da sociedade. Os projetos têm caráter multidisciplinar favorecendo a diversidade cultural e o desenvolvimento de habilidades e competências.
Com base em pesquisa na internet destaca-se duas escolas que apresentam inspiradores projetos ligados a sustentabilidade.
Na primeira escola observa-se que o contexto no qual está inserida gerou a união dos professores e equipe com o intuito de realizar projetos que desencadeassem a ampliação do olhar sobre a realidade. O incentivo a reflexão e a posturas ativas e colaborativas, como impulsionadoras de ações para transformação da realidade e promoção da qualidade de vida transparecem nos diversos projetos realizados pela escola.
Nota-se que o caráter multidisciplinar dos projetos favorece diferentes formas de expressão, assim como o espaço e tempo para que os alunos desenvolvam suas habilidades, criatividade e o prazer de aprender.
Identifica-se como ponto “fraco” do projeto, ou como possível dificuldade, a quantidade de subprojetos, pois para a plena realização de todos eles simultaneamente é preciso um planejamento eficaz, parcerias comprometidas com a comunidade, além de uma grande disponibilidade de tempo do corpo docente. Quesito estes que nem sempre são possíveis de se garantir, porém se gestados de forma perseverante e eficiente, certamente contribuem significativamente para a vida dos alunos.
Na segunda escola ressalta-se, através do registro escrito e visual (fotos) como o projeto “Horta na Escola - Educando para a Sustentabilidade” estimulou o uso adequado do solo, a preservação e valorização do meio ambiente, a construção de hábitos alimentares saudáveis e o fortalecimento da união e auto estima dos alunos.
A parceria estabelecida com a prefeitura e envolvimento de professores de todas as áreas, alunos, merendeiras, agricultores, funcionários, profissionais de setores específicos, como artesões, agrônomos, agentes de turismo e nutricionistas, conferem ao projeto um caráter inclusivo, de reconhecimento da importância da participação de todos na construção do bem estar coletivo.
Observa-se que o projeto fez a diferença na vida dos alunos e de todos os participantes, proporcionando a acreditar-se que é possível trabalhar coletivamente, realizar e transformar.
Num projeto que apresenta resultados tão positivos, não apontaremos pontos fracos, apenas salientamos que o desafio é dar continuidade, mantê-lo vivo, expandi-lo e colher coletivamente seus frutos e flores.




Grupo:

Andrea Duarte Lins
Claudia Cobalea Tauhata
Karina Cançado Valerio
Katiana Souza Reis
Maria Fernanda Teixeira Herig

Um comentário:

Anônimo disse...

MUITO BOM!!!! Parabéns ao grupo pelo trabalho criteriosos.

Esther