quinta-feira, 14 de outubro de 2010

EDUCAÇÃO X CONDICIONAMENTO

Dentro de uma abordagem libertadora, do qual Paulo Freire é o seu legítimo representante, a prática pedagógica  não pode prescindir da postura crítica, onde o conhecimento deve ser construído de forma  interativa e integradora, que leve educadores e educandos ao entendimento do mundo ( leitura do mundo ), à busca da verdade para interpretar e poder transformar o mundo.

No entanto, para que  a prática pedagógica seja libertadora e transformadora,  a formação política do educador é essencial, de extrema relevância, uma vez que não se pode educar para sustentabilidade com uma prática alienadora, carregada de autoritarismo ou  elitista, onde apenas há a reprodução da ideologia dominante, sendo a escola  sinônimo de “copiódromo” e onde o educando é “treinado para robô”. Uma prática assim não intervém de forma incisiva nas relações de poder, apenas corrobora a relação  desumana entre opressores e oprimidos.

        Uma sociedade sustentável, em  todos os aspectos, implica, tal qual concebe Paulo Freire, numa sociedade  livre, onde haja uma movimentação  e conscientização dos oprimidos, através de uma educação progressista e  integral, tendo a escola o papel de colocar o conhecimento nas mãos dos excluídos de forma crítica, construindo cidadãos éticos, conscientes de que são ”sujeitos da história”  capazes de transformar a própria realidade e do mundo em que vivem.


A charge acima nos remete às questões tão recorrentes na atualidade,quando a Sustentabilidade tornou-se ponto capital nas discussões da sociedade: Que futuro estamos construindo para nossas crianças? Ou, que cidadãos queremos formar para o futuro?
De forma irônica e contraditória a charge expõe um dos graves problemas da nossa sociedade e nos faz refletir sobre a EDUCAÇÃO como instrumento de TRANSFORMAÇÃO desta realidade. Paulo Freire criticava o sistema capitalista que engendra as desigualdades sociais e estabelece relações entre opressores e oprimidos. Paulo Freire diz que os miseráveis, os favelados “ não devem ter vergonha da sua condição, mas sim,  àqueles que possuem as condições,  “vivem bem e fácil, mas nada fazem para mudar a realidade”.
Para termos um FUTURO SUSTENTÁVEL,é necessário que a infância não esteja “à margem”. Que os nossos políticos sejam cobrados e que os EDUCADORES tenham uma prática pedagógica compromissada com a mudança, com a ética, com a solidariedade,com a conscientização e, consequentemente, com a LIBERTAÇÃO.


GRUPO ODISSÉIA

Elisabete Basile
Reinildes Agostini
Rosana Roberto
Selma Terra

Um comentário:

Anônimo disse...

Gostei, parabéns