quarta-feira, 13 de outubro de 2010


O Presidente Nelson Mandela que após 30 anos de prisão constrói seu governo sobre as bases do perdão. Diante de uma nação oprimida, pobre ,sem oportunidades e sem voz, Mandela cuidou de cada assunto e de cada pessoa branca ou negra como um ser humano cheio de possibilidades.
A democracia é uma construção não um decreto.


Qual a relevância da formação política para a prática pedagógica docente tendo em vista a configuração de ações no cotidiano da escola, pautadas no ideário de sustentabilidade?



Entendemos que a formação política para a prática pedagógica é a lucidez do processo. Pois como Paulo Freire acreditamos que não há educação sem ação política. Mesmo que inconsciente as escolhas do dia-a dia conformam uma ação que dá direção e que contribui para a mudanças sociais. São atos de : seleção de conteúdos, falas, opções didáticas, avaliações, posturas, planejamentos individuais e em equipe, com ou sem a sociedade local... que trazem aos alunos possibilidades de leituras de Mundo. O professor também se organiza influenciando os alunos e sendo influenciado por eles. Os saberes se misturam e encontram formas de manifestação que podem manter tudo como está ou trazer mudanças. Compreendendo a educação como prática social transformadora, o profissional docente trabalha com seus alunos vinculando teoria à prática, assegurando a aprendizagem efetiva, entendendo o conhecimento e a aprendizagem como processos relacionados entre si, que acontecem por construção e interação. (REIS, 2001).
Nesse processo dinâmico de troca e construções consciêntes e inconscientes é que entendemos a importância do Projeto Político Pedagógico de uma escola. Ele é um instrumento que pode ser transformador se basear suas ações na realidade e entender as necessidades locais para tranformá-la. Dessa forma, o projeto político-pedagógico deve levar o docente a priorizar conteúdos significativos, integrando, em sala de aula, situações desafiadoras propiciando interações entre sujeitos para a melhor construção do conhecimento e das competências, onde pensar um projeto de educação implica pensar o tipo e qualidade de escola, a concepção de homem e de sociedade que se pretende construir (REIS, 2001).

É nesta perspectiva que entendemos como a ação cotidiana é a construção do presente que molda o futuro.
Concordamos com Paulo Freire quando nos descreve como seres humanos que “estão sendo”, como inacabados e inconclusos nos colocando a partir daí como parte indiscutivel do planta quando pensamos em transformação, aproveitamento, troca, construção, destruição, reaproveitamento, sustentabilidade.
Encontramos características comuns entre o diálogo proposto por Freire e a sutentabilidade do planeta. O conceito sistêmico de sustentabilidade prevê ações de exploração e progresso de forma a prejudicar o menos possível o equilíbrio entre o meio ambiente e as comunidades humanas e toda a biosfera que dele dependem para existir. Ora, não estão aí, amor, humildade, fé,esperança, pensar crítico,...e outras condições propostas por Freire para um diálogo verdadeiramente construtor e transformador?

É na prática educativa que podemos criar o entendimento da realidade e o desejo de mudá-la no sentido de uma construção coletiva. É escolhendo práticas que oportunizem autonomia, que faremos com que nossos alunos entendam a responsabilidade de suas escolhas e queiram escolher cada vez mais. Somos construtores do amanhã quando educamos para além do individualismo, dando um sentido novo ao mundo e às ações. Um mundo que pode ser feito de em colaboração, em comunidade, em que cada um possa ser autêntico.
Equipe Diamante: Vaneli Frizon Franco e Mônica Bassan
Publicado por Vaneli

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