quarta-feira, 15 de setembro de 2010

EDUCAÇÃO, CONSCIÊNCIA SOCIAL E SUSTENTABILIDADE





Partindo da reflexão do autor, podemos perceber que a questão ecológica sofre uma evolução ao longo do tempo, como expressão de um "discurso" que se pretende ser reconhecido como verdade sendo apropriado pelo poder capitalista, como maneira articulada de amenizar os efeitos que uma postura ecológica correta, acarretaria para a voracidade do sistema. Assim, podemos verificar que desde os anos 70, do século passado, houve um esvaziamento do conteúdo emancipatório dos conceitos iniciais, onde as questões ecológicas estavam também preocupadas com a superação das desigualdades sociais entre os países ricos e pobres, e as consequentes marginalização e dependências dos povos criticando o modelo de desenvolvimento ocidental. O resultado desse processo de apropriação e esvaziamento dos movimentos ecológicos,fez surgir o discurso da sustentabilidade definida como um tipo de desenvolvimento que "responde as necessidades das gerações presentes, sem comprometer a capacidade das gerações futuras atenderem sua próprias necessidades.



Considerando as contradições inerentes ao sistema capitalista, o autor aponta que o conceito de sustentabilidade apresenta diversas leituras, segundo os interesses de grupos antagônicos que lutam pela hegemonia de seu significado de sustentabilidade, a partir de sua posição e visão de mundo. As diversas posições são agrupadas, entretanto, em duas grandes matrizes, quais sejam: a matriz oficial e a matriz complexa. A oficial, originária dos trabalhos da comissão de Brundtland (1982), postula articulação do desenvolvimento econômico com a preservação ambiental, tendo o mercado como condutor do processo de desenvolvimento sustentável através de tecnologias limpas, controle do crescimento da população garantindo a produção e consumo com orientação ecológica.Já a matriz complexa, retoma as críticas do movimento ecológico, atacando o modelo de desenvolvimento ocidental, incluindo como essencial ao processo de sustentabilidade a superação das desigualdades sociais, o respeito pela vida, as diferenças culturais, os valores éticos...com a participação da sociedade civil na luta por um futuro viável.



Contudo, este é um conceito que não é claro para todos, pois muito se fala em meio ambiente, deixando de lado as questões econômicas e sociais, estando elas intimamente ligadas e sendo impossível desassociá-las. Sendo assim, não podemos falar em sustentabilidade sem falarmos de desenvolvimento social e meio ambiente seguro para a existência do ser humano, já que a relação homem-meio ambiente vai além de preservar o verde.



Então, um desenvolvimento sustentável, deve ter em mente um projeto economicamente viável, socialmente justo, ecologicamente correto e culturalmente aceito.



Atribuindo-se esta falta de claridade à uma política educacional ineficaz e à uma política economica-social sem comprometimento com a classe menos favorecida. Porém, quando viver com dignidade, não for mais privilégio de poucos, e, sim, de todos, teremos uma sociedade mais justa, mais consciente e mais capaz de realizar ações responsáveis para com seu próximo e com o meio em que vive.



Sabendo que sustentabilidade é uma palavra chave na busca de um novo sistema de valores, um novo paradigma civilizatório, temos que ter em mente que a grande tarefa da Educação é desenvolver consciência hoje para que as gerações futuras tenham o direito de dispor dos mesmos recursos naturais que nós, e que compreendam que deixaremos um legado para os que virão.Cada pequeno gesto, cada ação aparentemente insignificante, repercute de forma mensurável e significante na economia da Terra. É tarefa da educação denunciar o esgotamento de um modelo suicida e sinalizar novos rumos para a sociedade, tendo a sustentabilidade como promessa para o desenvolvimento. A escola é o ponto de partida dessa viagem. por isso, é urgente que incorpore, desde já, a variável ambiental, do contrário, será tarde demais. Aos professores, o prazer do desafio. Aos alunos, o sabor da descoberta. à Escola, o resgate de um espaço no qual a vida precisa ser compreendida na sua inteireza e complexidade.



Essa educação para sustentabilidade deve ser apresentada para os alunos de forma que os mesmos avaliem , descutam e conheçam os argumentos favoráveis, para que possam julgar por si próprios as questões em debate.



Por isso, a importãncia de Educar para a sustentabilidade, pois um indivíduo educado, de posse do conhecimento, do esclarecimento, da consciência crítica, enfim de tudo que a educação é capaz de transformar no homem, é que este assume e interioriza conscientemente sua essência humana.



Assim sendo, é através da educação, que o homem organiza e constrói seu pensamento, seu senso crítico, levando-o a se comportar com o meio de forma responsável, objetivando uma melhor condição de vida dele e de todos os seres deste planeta, na certeza de uma longa existência.


Grupo: EDUCAR, É TUDO....

Por Claudia das Chagas Meireles, Agnaldo Wanderley, Angela Parrilho, Bruno Gawryszeski,Beatriz Guimarães,Daniel Haack e Silvia Cavalcanti

Um comentário:

Anônimo disse...

Conheça meus projetos ambientais acessando: ildeano.blogspot.com

Quem sabe podemos trocar informações.